Filmes 18, 19 e 20

18- Frances Ha

O 18º filme foi indicado pela Ana Clara.

Frances Ha é mais um daqueles filmes diferentes de tudo que eu já vi. Pra começar, ele é preto e branco, algo que foge totalmente dos padrões. Segundo, a história é extremamente comum. Sim, "comum" é a definição para a história de Frances (Greta Gerwig), uma dançarina de 27 anos que, mesmo formada e independente, se vê um pouco perdida em relação ao futuro de sua vida amorosa, profissional e social. Mas essa característica não é ruim, aliás, é ela que torna o filme excelente.

Garanto que muitos jovens, entre 20 a 30 anos irão se identificar com pelo menos alguma característica da personagem central, principalmente na questão de que a gente só aprende errando, e muito. Frances é uma personagem comum, que encara a vida de forma intensa, sem fazer muitos planos e sempre vendo um lado bom em tudo, o que as vezes a torna um pouco imatura na hora de tomar decisões importantes.

Dirigido por Noah Baumbach e com a participação da própria atriz que vive Frances, Greta Gerwig, no roteiro, Frances Ha é um filme capaz de agradar principalmente pela a sua simplicidade, tanto na estética quanto na história, e claro, pela trilha sonora (que tem David Bowie).

Assista ao trailer.

19- Em Busca De Iara

O 19º filme é um documentário indicado pela Carol (mais um).

Em Busca de Iara é um filme do gênero documentário dirigido por Flávio Frederico, que conta um pouco sobre a vida Iara Iavelvberg, uma jovem guerrilheira, companheira de Carlos Lamarca (um dos principais líderes da oposição armada à ditadura militar) que viveu foragida por muito tempo até ser encontrada pelos militares em 1971.

Um dos pontos mais interessantes  do filme é que ele nos permite conhecer um pouco como os militares agiam contra os guerrilheiros e o quão dura era a repressão. O documentário tem como foco principal nos apresentar a uma nova versão da morte de Iara diferente da oficial, que relatava suicídio.

A história é contada por sua sobrinha, Mariana Pamplona, fator que nos deixa mais próximos da vida da guerrilheira. Porém, em alguns momentos a narração parece forçada, mas nada capaz de desfavorecer todo o filme.

O documentário é muito bom, nos faz refletir bastante o que é viver em um regime autoritário, principalmente para aqueles que defendem a volta da ditadura. Além disso, o filme mostra como ainda existem pessoas emocionalmente abaladas com os acontecimentos trágicos desse triste passado da história brasileira.



20- Túmulo dos Vagalumes

O vigésimo filme foi indicação da Fabianne.

Já vou começar dizendo que Hotaru no Haka (título original, em japonês) é um dos filmes mais bonitos e tristes que já assisti em toda minha vida. Você pode até pensar que é impossível se emocionar muito com filmes de animação, mas não se deixe enganar, é impossível não se apaixonar por essa história.

A animação e a trilha sonora são perfeitas e a trama é mais ainda. O longa conta a história de dois irmãos, Seita e Setsuko, que perdem a mãe durante um dos vários ataques aéreos em sua cidade e não sabem o paradeiro de seu pai, um marinheiro que luta na guerra. Sozinhos, Seita, o mais velho, tenta sobreviver junto de sua irmã mais nova, porém, ambos são imaturos, o que faz o rapaz sempre tomar decisões erradas.

Histórias de guerras, na maioria das vezes (ou em todas), são muito emocionantes, mas quando vistas através de um olhar infantil, elas serão muito mais capazes de abalar nossos sentimentos. Assim é Hotaru no Haka, um filme daqueles que você não pode morrer sem deixar de ver, principalmente para entender que guerra é algo inadmissível, triste e desnecessário, capaz de trazes apenas tristezas.

A direção é de Isao Takahata e história é baseada no livro de Akiyuki Nosaka. Fiquei com muita vontade de ver outros filmes do Studio Ghibli, pelo que sei, todos são sempre muito bonitos. Tem mais um deles na lista, A Viagem de Chihiro, espero que seja tão bom quanto esse!

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