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Mostrando postagens de novembro, 2018

Está chegando o verão

Verão de chuva. Verão de mudanças. Verão de fim de ano. Verão de ano novo. Verão das águas de março. Os que ainda vão nascer nessa terra tropical o verão. Verão chuva. Verão mudanças. Verão fim de ano. Verão ano novo. Verão águas de março. Ah! Eles vão amar o nosso verão!

A pessoa mais insuportável que eu já conheci em toda minha vida

Eu odeio o vento daquele lugar. Ele sabe disso. E eu tenho certeza que esse foi o motivo de ele ter marcado esse encontro lá. Eu já iria começar a discussão perdendo, afinal, eu não ficaria confortável com o vento. Xeque-mate. Mas eu iria dar a volta por cima. Decidi que o isso não iria me abalar. Parece pouco, mas realmente odeio o vento que faz no alto do Convento da Penha. De verdade. Poxa, tantos lugares nessa cidade para marcar uma conversa. Respirei fundo ao ler a mensagem. Respondi apenas com um OK. Ele odiava. Nos últimos dias era assim. Um provocava o outro sem parar. Não é por nada não, mas eu estava bom de argumento. Se fosse uma competição, minha vitória era garantida. Mas não era. Era vida real mesmo. Era um relacionamento em crise. Era uma vez um casal feliz que se conheceu no início da primavera passada. Cheguei. Chegamos. Eu não disse nem oi. Comecei no ataque. – Por que aqui? – pergunte...

Menina do céu

Foi assim, eu queria um pouquinho de paz. Caminhei até a estação Botafogo e peguei um metrô. Desci em Copacabana. O tempo não era dos melhores. Ventava muito, mas o calor era aquele bem carioca mesmo. Fui em direção à praia, parei num quiosque em frente ao Copacabana Palace. Pedi uma cerveja. Depois de uns cinco minutos apreciando a vista, a cerveja e evitando os vendedores de amendoim, uma mulher chegou com várias sacolas. –  Pastel de carne com queijo!  – gritou para o garçom. Pendurou as sacolas nas cadeiras e se sentou. Pegou seu celular. Aí começou. –  Menina do céu! Foi horroroso! Foi um barraco. Daqueles bem feios. Quando ela viu que não tinha ninguém do seu lado, aceitou a derrota. Foi embora! Ah! Você acha mesmo? É claro que ela não ia esquecer aquela bolsa! Saiu com ela entre as pernas. Mas levou. Foi a bolsa no lugar do rabo. Rabo entre as pernas! Modo de dizer, Elisa. Entendeu? Mas, então, menina. Você precisava ver a cara do homem. Se é que tinha cara. O cara...