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Mostrando postagens de março, 2019

Onde está o direito de resposta?

Estamos vivendo num tempo de escuridão. Incertezas. Tempo também de acerto de contas, mas eu me questiono toda vez se quem está fazendo estes tais acertos de contas está realmente com a razão. É mesmo justa a justiça dos justos? Até que ponto são verdadeiras as desculpas e arrependimentos dos que estão errando a todo instante? Um jovem foi morto num supermercado após ser sufocado por um segurança. Uma cidade inteira foi apagada pela lama de uma empresa mineradora. Um homem preto foi agredido, injustamente, numa agência bancária. Está tudo aí. Deu na TV, deu no jornal, deu na Internet. Já deu. E há um bom tempo. Quando penso nesses casos (e em milhões de outros) lembro-me que essas empresas costumam lançar notas cheias de pesares, cheias de arrependimentos. Cheias de si. E para todo erro existe sempre uma desculpa. E as vítimas? Quando elas terão o direito de se pronunciar? – Se é que estarão vivas para isso.

Uma nota de arrependimento sobre o amor

Até pouco tempo atrás eu não entendia o que era amor. E o pior, fazia de tudo para dizer que não acreditava nisso, afinal, aquilo que algumas pessoas não entendem, muitas vezes, no lugar de tentar compreender, apenas criticam. “Amor? Não. Isso não existe. Na verdade, o que vocês chamam de amor é um negócio, um toma-lá-dá-cá.”, eu dizia para meus amigos que viviam se apaixonando. Eles ficavam assustados. E até ofendidos. Diziam que um dia eu saberia o que era. Eis que o dia chegou, mas esses amigos andam tão distantes ultimamente que vou me aproveitar do espaço que tenho para escrever essa crônica e dizer a eles que sim, eu conheci o amor. Não estou falando daquele amor familiar, isso para mim é outro assunto. Eu amei uma pessoa. Eu A-M-E-I. E sofri. Sim. Sofri de amor. O amor não só existe, como também nos faz sofrer. Senti-me na obrigação de me justificar. Antes, com toda certeza, eu escreveria essa crônica apenas para comprovar com mais...