Um encontro seguro com o meu eu inseguro
Estou tentando entender até agora o que aconteceu comigo. Parece piada, mas não é. Na verdade, o assunto é sério. É difícil acreditar no que eu me tornei em relação ao que eu era há 10 anos. Não. Eu não sinto vontade de voltar ao passado – e eu tenho muitos motivos para fazer essa escolha.
Acontece que há alguns dias, recebi um convite para ficar frente a frente ao meu eu de 14 anos de idade. À primeira vista, ele me olhou com um ar de julgamento. A pessoa que intermediava esse encontro perguntou se eu não queria dizer algo.
― Vá se foder! – eu disse revoltado para aquele jovem de 14 anos.
Me senti bem fazendo isso até a pessoa me perguntar o porquê de toda aquela agressividade.
― Ah! Olha só pra ele! Me julgando... Ele mal sabe que hoje eu estou muito mais feliz! Esse aí não sabe fazer escolhas. Ele não sabe se expressar. Ele não sabe nem conversar... É um medroso! Não faz sentido esse olhar de julgamento em relação a mim!
― Samir, já parou pra pensar que no mundo em que ele vive, as escolhas que ele fizer podem causar medo nele? Já parou pra pensar que ele tem apenas 14 anos e que ele ainda depende de muita gente?
Voltei a encarar aquele jovenzinho de 14 anos, com duas janelinhas nos dentes da frente – sim, aos 14 anos. Comecei a olhar para aquele Samir de um jeito diferente. Ele estava perdido, indefeso, talvez aquele olhar nem fosse de julgamento.
Por muito tempo eu vivi sem saber fazer escolhas. Sempre tive medo. Muito medo das consequências delas. Só que depois de tanto viver sem ser do meu jeito, eu percebi que, mesmo que eu não fizesse escolha alguma por conta dos meus medos, elas teriam consequências.
Quer saber? Hoje não vejo a insegurança como um defeito. Vejo como falta de amadurecimento em relação à resolução de determinados problemas. Se agora você é inseguro, é porque ainda não sabe como lidar com as alternativas e suas prováveis consequências. Talvez a insegurança seja um excesso de zelo consigo mesmo. Curioso, né?
Ah, voltando para aquele encontro comigo mesmo, o que pude fazer era me dar um abraço. Agradeci a insegurança sentida por aquele Samir. Chorei.
Acontece que há alguns dias, recebi um convite para ficar frente a frente ao meu eu de 14 anos de idade. À primeira vista, ele me olhou com um ar de julgamento. A pessoa que intermediava esse encontro perguntou se eu não queria dizer algo.
― Vá se foder! – eu disse revoltado para aquele jovem de 14 anos.
Me senti bem fazendo isso até a pessoa me perguntar o porquê de toda aquela agressividade.
― Ah! Olha só pra ele! Me julgando... Ele mal sabe que hoje eu estou muito mais feliz! Esse aí não sabe fazer escolhas. Ele não sabe se expressar. Ele não sabe nem conversar... É um medroso! Não faz sentido esse olhar de julgamento em relação a mim!
― Samir, já parou pra pensar que no mundo em que ele vive, as escolhas que ele fizer podem causar medo nele? Já parou pra pensar que ele tem apenas 14 anos e que ele ainda depende de muita gente?
Voltei a encarar aquele jovenzinho de 14 anos, com duas janelinhas nos dentes da frente – sim, aos 14 anos. Comecei a olhar para aquele Samir de um jeito diferente. Ele estava perdido, indefeso, talvez aquele olhar nem fosse de julgamento.
Por muito tempo eu vivi sem saber fazer escolhas. Sempre tive medo. Muito medo das consequências delas. Só que depois de tanto viver sem ser do meu jeito, eu percebi que, mesmo que eu não fizesse escolha alguma por conta dos meus medos, elas teriam consequências.
Quer saber? Hoje não vejo a insegurança como um defeito. Vejo como falta de amadurecimento em relação à resolução de determinados problemas. Se agora você é inseguro, é porque ainda não sabe como lidar com as alternativas e suas prováveis consequências. Talvez a insegurança seja um excesso de zelo consigo mesmo. Curioso, né?
Ah, voltando para aquele encontro comigo mesmo, o que pude fazer era me dar um abraço. Agradeci a insegurança sentida por aquele Samir. Chorei.
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