AM-PA-MA: Maranhão
Aqui termina o relato da minha jornada de 20 dias pelo Norte do Brasil. Apesar de o Maranhão fazer parte do Nordeste, neste meu roteiro pedi licença para considerá-lo.
O TREM RUMO À SÃO LUÍS
17/11
De Marabá-PA até São Luís-MA, peguei o trem da Vale, que passa pela Estrada de Ferro Carajás.
O vagão é exatamente o mesmo que peguei na Estrada de Ferro Vitória-Minas, em 2018.
A viagem dura mais ou menos 13h, ou seja, é para quem tem paciência.
No caminho, eu fui me despedindo da Floresta Amazônica, passei por um incêndio e organizei todo o meu Diário de Bordo.
BARREIRINHAS (LENÇÓIS MARANHENSES)
DIA 1 - 18/11
Passei pouquíssimo tempo na "ilha". Era mais ou menos 7h quando o traslado me buscou para partir rumo à Barreirinhas, cidade onde abriga o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, a mais ou menos 330 Km da capital.
O pacote que fechei foi com a agência MDM Turismo, que foi bem atenciosa antes, durante e após a viagem.
Cheguei na Pousada Igarapé por volta das 12h30. Assim que me instalei, almocei um PF bem simples no restaurante ao lado, chamado Arroz de Cuxá. Eu não tinha muito tempo, às 14h eu sairia para o primeiro passeio.
Depois de quase 50 minutos balançando numa 4x4, finalmente o motorista estacionou a caminhonete, subimos uma ladeira de areia e - pausa dramática - de repente eu estava em um dos lugares mais perfeitos do planeta Terra.
É impossível explicar com palavras e fotos. Para entender toda a beleza dos lençóis e da grande lagoa que visitei, só mesmo estando lá.
Depois de experimentar um geladinho de bacuri, tirar algumas fotos e mergulhar das águas deliciosas, assisti a mais um pôr do sol de tirar o fôlego.
Assim que voltei para a cidade, conheci o famoso Restaurante A Canoa, onde tomei caipirinha com cachaça Pitú e jantei arroz com queijo e camarão. Estava sensacional.
DIA 2 - 19/11
Depois de um café da manhã reforçado, lá pelas 9h, o guia me buscou para o segundo passeio.
No segundo dia fui conhecer Atins, um vilarejo que ainda faz parte de Barreirinhas. Na verdade, só passamos pelo vilarejo. Logo saímos de lá e fomos até uma vila de pescadores, onde comi ostras fresquinhas da Dona Dulce.
Saindo de lá, paramos no Restaurante do Sr. Antônio para fazermos o pedido. Eu escolhi o Camarão na Grelhado Brasa.
Enquanto o pedido estava sendo preparado, fomos até o Canto do Atins, tomar um delicioso banho de mar.
Depois de almoçar, seguimos para uma linda lagoa, de águas clarinhas e temperatura deliciosa.
Como a viagem foi um pouco mais longa, na volta eu estava muito cansado. À noite, fui jantar no restaurante O Bambu.
DIA 3 - 20/11
Meu último dia nos Lençóis não poderia ter sido melhor. Umas 9h segui até os barcos onde pegaríamos uma lancha para passearmos pelo Rio Preguiças. O trajeto é lindo, rodeado por mangues e pequenas vilas de pescadores.
A primeira das três paradas foi em Vassouras, onde encontramos macaquinhos que estão acostumados com o convívio humano e mais alguns pequenos lençóis.
A segunda parada foi no pequeno e simples povoado de Mandacaru, onde fomos ver de perto o Farol da Marinha, que, infelizmente, estava fechado para reforma. Além do farol, também tinham enormes cajueiros.
Na terceira e última parada, visitamos a Praia de Caburé, um enorme braço de areia gigantesco que separa o o Rio Preguiças do Oceano Atlântico.
Lá eu aluguei um quadriciclo, onde me aventurei até chegar nos gigantescos aerogeradores.
Depois de almoçar, foi hora de pegar a lancha de volta e me despedir dos cenários paradisíacos onde pude viver durante três dias.
Às 22h eu já estava de volta ao casarão da Pousada Casa Frankie, no centro de São Luís e, mesmo cansado, ainda fui aproveitar a noite com bastante caipirinha.
ALCÂNTARA
21/11
Com uma leve ressaca, era hora de acordar e me arrumar para mais um passeio. Dessa vez eu iria conhecer Alcântara, uma cidade tombada que fica a 20 km de São Luís (para quem vai de catamarã). A viagem dura aproximadamente 1h30.
O caminho não foi fácil. Fiquei muito enjoado e precisei me segurar para não vomitar. Respirei fundo, olhei para o horizonte e fiquei caladinho. Resolveu.
Logo que desci no Porto do Jacaré, a impressão que tive foi desembarcar numa cidade parada no tempo, com moradores simples e receptivos.
Seguindo o guia, eu e meu amigo fomos subindo pela Ladeira do Jacaré.
Uma das primeiras coisas que fiz foi experimentar o delicioso Doce de Espécie, tradicional da cidade.
Continuando a caminhada, passamos pela Praça e Capela das Mercês.
Andando mais um pouco, paramos na Igreja do Desterro, onde toquei onde fiz um pedido e toquei os Dois Sinos.
Finalmente, chegamos na famosa Praça da Matriz, onde conhecemos o Pelourinho e uma antiga Igreja em ruínas.
Mais adiante, visitamos a Casa do Divino, onde havia a exposição de um artista local e outra permanente sobre a festa que acontece todo ano na cidade.
Debaixo de muito sol, continuamos a caminhada e logo avistamos as Ruínas do Palácio Real de Alcântara, que fica em frente à Igreja e Convento de Nossa Senhora do Carmo
Finalmente, depois de tantas visitas, foi hora de comer. Escolhemos um restaurante muito simples, que infelizmente não vou lembrar o nome. Foi lá onde tomei o famoso Guaraná Jesus, comi arroz de cuxá e carne de sol.
Sob um lindo pôr do sol, me despedi de Alcântara com lindas imagens em alto mar.
SÃO LUÍS
22/11
Eu tinha poucas horas para aproveitar o Centro Histórico do Maranhão, que, infelizmente, devido à pandemia, todos os museus encontravam-se fechados.
Primeiro passei pela Feirinha São Luís, onde vários artesãos e cozinheiros vendem seus trabalhos.
Logo depois fui tomar café da manhã no Empório Casa Real.
Em seguida, caminhei até o Palácio dos Leões, uma construção imponente, que me deixou curiosíssimo para conhecê-la por dentro, mas, infelizmente, ela também estava fechada.
Por fim, terminamos na Praça dos Poetas, um lugar restaurado, que homenageia grandes escritores maranhenses.
Viajar o Brasil sempre foi um dos meus objetivos de vida. Sou muito grato por ter nascido em um país de dimensão continental, que me proporciona conhecer lugares totalmente distintos sem cruzar fronteiras internacionais.
Se eu pudesse, repetiria todos esses caminhos que fiz.
Quer ouvir os sons do Maranhão? Então escuta só essa playlist que fiz.
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