AM-PA-MA: Pará

Aqui continua minha jornada de 20 dias pelo norte do país. Do Amazonas, segui viagem até o Pará, onde visitei Alter do Chão, Belém e Marabá.

ALTER DO CHÃO

DIA 1 - 07/11

Cheguei em Santarém às 20h40. Naquele aeroporto pequeno, já percebi que o calor ia continuar. Na saída, encontrei uma pessoa que precisava ir até Alter do Chão, foi ótimo, porque dividimos o valor do táxi. Do aeroporto até Alter do Chão são uns 40 minutos de estrada.

Depois de me instalar na Pousada do Tapajós, fui até a pracinha principal, onde comi um pastel de camarãozinho. Em seguida, encontrei um amigo que fiz em Manaus e logo fomos aproveitar a noite.

Primeiro bebemos caipirinha de frutas típicas no bar D'Glória e aproveitamos música ao vivo com direito a dançarina de Carimbó. Em seguida, partimos para o Espaço Alter.

Para fechar a noite, mergulhamos no Rio Tapajós para refrescar.


DIA 2 - 08/11

No segundo dia, decidi fazer um passeio mais clássico, ficando apenas de molho no Rio Tapajós, na famosa Ilha do Amor, onde comi bolinho de peixe e tomei cervejinha Tijuca bem gelada.

Chegando o fim do dia, segui em direção à Ponta do Tauá para assistir ao pôr do sol, mas acabei ficando na metade do caminho, o que não foi ruim.

A noite, sabendo que precisava acordar cedo, tomei algumas caipirinhas com cachaça de jambu e terminei o dia num luau improvisado com direito a ukulele e amigos que fiz na pousada.


DIA 3 - 09/11

Assim que amanheceu, tomei um super café da manhã e parti com o barqueiro Lino e uma turma que estava hospedada na pousada. O passeio foi pelo Rio Arapiuns, onde conhecemos praias desertas e a comunidade Coroca, que cuida de tartarugas da Amazônia e cria abelhas. Na volta, assistimos a um lindo pôr do sol (mais um pra conta).

A noite experimentei um delicioso hambúrguer piracuí com banana.


DIA 4 - 10/11

Meu terceiro dia em Alter do Chão começou bem cedo. Cedo mesmo. Acordamos 5h da manhã para ver o sol nascer do alto do Morro da Piraoca. PiraOca, tá?

Depois de perder o fôlego na subida, me desafiei mais ainda subindo numa antena. Nesse momento eu já estava perdendo as contas de quantas aventuras eu já tinha vivido nessa viagem.

Assim que descemos, tomei mais um café da manhã reforçado da Pousada do Tapajós.

O plano era conhecer a Floresta Nacional do Tapajós, mas como todo mundo já tinha feito esse passeio, não consegui fechar um barco que pudesse me levar.

Vendo a tristeza no meu olhar, Sandra, a dona da Pousada, me deu uma ideia e acabei fazendo um passeio surpreendente.

Primeiro aluguei uma bicicleta, depois segui uns 3 km rumo à Comunidade Caranazal, que vive próxima à Floresta Encantada, que no período de chuva só é possível navegar por ela.

Chegando lá, encontrei uma moça paraguaia que me levou até um igarapé onde tomamos um banho que renovou mais ainda minhas energias.

Voltando para Alter do Chão, deixei a bicicleta num cais e peguei um barco com Jairo, que me levou para conhecer o Igarapé do Macaco, o lugar mais lindo que conheci na região, com água transparente e sem nenhum vestígio de intervenção humana.

Terminei o dia realizado, feliz por ter feito dois passeios diferentes do que a maioria faz. Inclusive, brinquei com os amigos que esse roteiro deveria se chamar Rota Samir.


DIA 5 - 11/11

Em clima de despedida, dei mais uma volta de bike pela vila e passei a manhã tomando banho no Rio Tapajós.

Às 15h eu já deixava Santarém com a certeza de ter conhecido um dos lugares mais paradisíacos da minha vida.

BELÉM

DIA 1 - 11/11

Às 16h20, o avião tocou o solo da cidade mais feliz que conheci até hoje. Belém tem uma coisa que não consigo explicar até agora. Só vivendo pra entender.

O hostel que escolhi foi o Antonieta, um casarão todo reformado e colorido.

Minha empolgação estava tão grande que logo que me acomodei, corri para rua e caminhei até a Estação das Docas, onde pude ver o dia findando e as pessoas chegando pra curtir um happy hour.

Minha primeira visita foi ao quiosque Juruá, onde comprei uma colônia de priprioca, aroma extraído da raíz de uma planta típica e um sabonete de patchuli.

Em seguida, fui jantar no restaurante Lá em Casa, onde experimentei a famosa Maniçoba. Recomendo muito o restaurante. Além de ter sido bem atendido, o prato estava muito bem feito.

Por fim, caminhei até a Gelateria Damazônia, que me convenceu por não usar a gordura hidrogenada como base de suas receitas. Os sabores que escolhi foram, cupuaçu com castanha, tapioca com doce de leite, bacuri e taperebá.

Pronto. Rolezinho da Estação das Docas feito.


DIA 2 - 12/11

O dia mais especial e empolgante do roteiro belenense chegou. Depois de um bom café da manhã preparado no hostel (eu dei muita sorte nos cafés das manhãs, né?), caminhei até Presidente Vargas, turistei pela Praça da República segui até finalmente chegar ao famoso Mercado Ver-O-Peso.

Pitiú (cheiro de peixe), urubus, garças, frutas, verduras, açaí, maniva, jamburana, poupas de suco, benzedeiras, folhas, raízes, roupas, artesanatos... É tanta coisa, é tanta cor, é tanta gente que é impossível não se perder por lá.

O Ver-O-Peso é realmente um lugar muito singular e muito plural ao mesmo tempo. Todo brasileiro deveria conhecer essa preciosidade, essa maravilha cultural, que deixa a gente hipnotizado e boquiaberto.

Seguindo meu roteiro, fui até o Museu do Círio, depois o Museu de Arte Sacra e a belíssima e surpreendente Igreja de Santo Alexandre, toda em estilo Barroco e construída no século XVII.

Saindo de lá, ainda conheci o Mercado Municipal e depois segui para a Casa das 11 Janelas, onde fui almoçar no famoso restaurante Casa do Saulo para experimentar o famoso feijão manteiguinha (confesso que não gostei muito dele frito e também fiquei decepcionado com o restaurante).

Ainda na Casa das 11 Janelas, assisti às exposições que estavam acontecendo lá. Logo depois segui para o Forte do Presépio

Continuando a caminhada (esse dia foi longo!), conheci a Catedral da Sé, construída no século XVIII, onde começa as celebrações do Círio de Nazaré.

No caminho de volta, na Avenida Presidente Vargas, visitei o Sebo da Galeria e comprei alguns livros de escritores paraenses. Mais uma vez, ainda não li, mas foram eles:

- Altar em Chamas, João de Jesus Paes Loureiro
- Primeira Manhã, Dalcídio Jurandir
- Menina Que Vem de Itaiara, Lindanor Celina

À noite, fui mais um vez na Estação das Docas, tomei caipirinhas no Amazon Beer e depois seguimos para o bar Veropinha, na Praça Batista Campos, onde dormem as garças.


DIA 3 - 13/11

Terceiro dia de Belém fui conhecer a Basílica Santuário de Nossa Senhora de Nazaré, a famosa Livraria da Fox, revisitar o Ver-O-Peso, tomar mais suco, comprar mais souvenirs e depois dar um pulo na Estação das Docas para experimentar o famoso sorvete da Cairu.

Caminhando mais um pouco, cheguei na loja Meu Garoto, onde são vendidas as cachaças de jambu da receita original de Leo Porto.

Depois das compras, foi hora de dar um pulo no hostel e pegar carona com a amiga paraense que fiz, Josi, que me levou para a Ilha do Combú.

O restaurante escolhido foi o Saldosa Maloca (com "l" mesmo). Lá provei a flor do jambu, a folha e o talo tirados diretamente da planta, conheci mais uma samaúma gigante e, claro, tomei muita caipirinha.

Saindo de lá, fomos até a pequena fábrica de chocolates Filha do Combú, onde comi um delicioso bombom de cupuaçu e levei para casa uma deliciosa geleia de cupuaçu para comer com nibs de cacau, uma das combinações mais incríveis que já experimentei.

Depois dos passeios, a noite terminou com muita caipirinha e mais diversão.


DIA 4 - 14/11

Depois de uma ressaquinha deliciosa, foi hora de provar o verdadeiro açaí, aquele que não tem nada a ver com o que consumimos por aqui. Confesso que não foi a melhor coisa que experimentei no Pará. Achei o gosto muito forte, isso é porque coloquei um pouquinho de açúcar mascavo e tapioca, mas acho que é só falta de costume mesmo.

Exatamente, às 17h30, fomos até o Mangal das Garças para ver as milhares de garças sendo alimentadas. Lá também vimos flamingos e uma linda arara azul.

E pra fechar o dia, conheci o famoso Portal da Amazônia.


DIA 5 - 15/11

E na despedida, Josi me levou para conhecer o Parque Estadual do Utinga, um dos maiores que já conheci. Para conseguirmos fazer todo o percurso, alugamos um triciclo e pedalamos sob um sol escaldante, mas toda aquela paisagem natural compensa o esforço.


Às XXh eu já me despedia de Belém e embarcava para a próxima aventura, Marabá. 

MARABÁ


DIA 1 - 15/11

O que é mesmo que eu vim fazer em Marabá? Ah tá. Então, quando eu estava no ensino médio, conheci uma paraense doida, chamada Leila. Ela vinha com muitas histórias de lá e uma delas era o famoso bombom de cupuaçu.

Leila não mora mais em Marabá, mas me deu algumas dicas para aproveitar o melhor da sua cidade. Uma delas foi o lindo pôr do sol na Orla do rio Tocantins, que eu peguei bem no finalzinho, mas foi lindo.

Logo depois encontrei com seus amigos e tomamos algumas cervejinhas ao som de muito Calypso, Companhia do Calypso, pisadinha e sertanejo.


DIA 2 - 16/11

No dia segundo dia de Marabá eu almocei na Churrascaria Pôr do Sol e dei uma volta pelo centro e voltei para o Hotel Matizze, onde fiquei hospedado.

Mais tarde, fui experimentar o famoso Vatapá da Tonha e, meus amigos, vocês não entendem a maravilha que é esse prato. Caso um dia você decida ir até Marabá, não deixe de conhecer Dona Tonha.

Depois eu finalmente comi o bombom de cupuaçu da Vanda, o mais perfeito do mundo. Eu garanto que ele é muito melhor do que os gourmets que experimentei em Belém.


DIA 3 - 17/11

Às 8h30 eu já estava dentro do trem, na Estrada de Ferro Carajás, me despedindo da floresta Amazônica e grato por todos os momentos que vivi nesse lugar mágico do nosso Brasil. 
O Pará é mágico. Eu digo isso com amor no coração. Saí dessa terra maravilhosa doido pra conhecer muito mais. "Pará, me aguarde, eu volto!".

Quer ouvir os sons do Pará? Então escuta só essa playlist que fiz.

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