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Mostrando postagens de julho, 2012

A Dúvida de Barbosa

Com o anel na mão, Barbosa tem uma dúvida Não sabe o que é melhor: Pagar a dívida ou recomeçar sua vida. Ah! Aquela vida era bem melhor que sua dívida. Disso não duvidava. Nunca.

A decisão de Helena

Três da madrugada, uma das horas onde o bar se encontra em sua mais profunda decadência. Havia uns dez clientes, Barbosa com os olhos vermelhos fazia de tudo, limpava, trazia mais cerveja, pinga, petiscos e o que mais pedissem. Limpava o chão, o balcão e ainda expulsava alguns bêbados que começassem a atrapalhar, mas claro, antes pegava o dinheiro da carteira sem que percebessem, parecia ter uma técnica. João viu aquilo e logo gritou: – Eu que sou esperto! Não fico bêbado aqui! Senão o senhor pega meu dinheiro todo! – Só pego o que me devem! – Quem garante? - disse João rindo. – Está achando que sou ladrão? - respondeu Barbosa com a cara fechada. – Quem meche na carteira dos outros pra mim é ladrão! – O senhor se continuar falando assim comigo te ponho na rua! João se levantou da cadeira e jogou sua garrava de cerveja no chão. Parecia não brincar mais. Com o rosto vermelho aproximou-se de Barbosa e o pegou pelo pescoço: – Melhor o senhor parar de graça!...

O primeiro a chegar

Mal tinha aberto as portas, um homem chega até o bar. Barbosa até pensou que era ladrão, mas logo viu a cara de choro do sujeito. Pensou, "Mais um desiludido..." O homem parecia ter uns 40 anos, seus cabelos já eram mais brancos do que pretos. Estava com os olhos inchados, parecia que segurava o choro a um bom tempo. Sentou no banquinho do balcão, jogou sua pasta no chão e bateu a mão na mesa: – Me vê a pior que o senhor tiver!! Quando pedem a pior pra seu Barbosa, ele nem hesita em dizer nada. Pegou logo a pior e virou no copinho para o sujeito beber. O homem parecia nunca ter entrado em um bar. Tentou dar o primeiro gole, não conseguiu. No segundo quase vomitou. Quando ia tentar o terceiro, Barbosa disse: – Forte né? O homem olhou para ele, abaixou a cabeça e começou a rir. – É, acho que não vou conseguir... - disse rindo. – Não quer tentar outra mais leve? – Acho que não, obrigado. Não sou de beber, foi apenas por impulso que vim aqui. Barbosa levantou os...