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Mostrando postagens de janeiro, 2021

De um jeito ou de outro

A gente se machuca. A gente se cura. A gente se odeia. A gente se ama. A gente bagunça. A gente organiza. A gente bagunça e organiza de novo. A gente se odeia e se ama de novo. A gente se machuca e se cura de novo. E de novo, de novo, de novo... E de tanto repetir a gente percebe uma coisa: a gente envelhece. E aí não tem de novo. É aí a gente tenta. Tenta não se machucar. Tenta não se odiar. Tenta não bagunçar. O que será que envelhece a gente? O "repetir erros" ou o "tentar não errar de novo"? É... Não dá pra fugir. A gente envelhece. De um jeito, ou de outro.

No meio da crise tinha uma planta

Me agacho e me aproximo da planta. Começo a imaginar que meu problema é a planta. Agora volto a pensar no tamanho do mundo. Planta. Mundo. Planta. Mundo. Vou fazendo esse jogo na minha mente. Quer saber? Não estou nem aí. Se eu achar que meu problema é grande ele vai ser. Ele é do tamanho que eu quiser. Do tamanho da planta ou até mesmo maior que o mundo. Respiro fundo. Me levanto e sigo viagem. Respiro fundo novamente e volto. Me agacho novamente e olho para aquela plantinha. Tão pequena... Realmente, o mundo é muito grande. Se meu problema for do tamanho dessa plantinha, meu problema não é nada. Tem problema maior. Poderia ser uma árvore, por exemplo. Meu problema não é nada. É até bonitinho. Olha só que plantinha linda. Deixa eu fazer uma foto... "Isso é uma flor? Eu não entendo nada de biologia. Claro que não é flor. Onde estão as pétalas? Será que é só uma folha? Sei lá. Mas é tão pequena... Meu problema é grande. Não! Pequeno. Meu problema é a planta. A planta perto do mundo...

Conclusão

Eu   iria   abrir   uma   garrafa   de   vinho   e   dançar   sozinho   em   casa,   mas   a   única   caixa   de   som   está   sem   bateria.   Tentei   carregá-la, mas   não   encontrei   o   cabo.   Deve   estar   jogada   em   algum   canto   deste   maldito   apartamento.   Sabe,   eu   não   faço   questão nenhuma   de   procurar.   Hoje   eu   estou   com   zero   vontade   de   me   estressar.   Vai   que   no   meio   da   busca   eu   me   esbarro   em alguma   coisa   que   eu   não   quero   ver?   Não,   não,   não,   não,   não...   Já   estou   tropeçando   em   muitos   desgostos   ...

Mirna da Pamplona

Num sábado de manhã, assim que acordei, preparei um café. O porquê de eu falar do café? Não faço ideia. Na verdade, há tempos eu já não faço ideia do que estou fazendo da minha vida. Acontece que tudo naquele dia foi amargo, do início ao fim. Vai ver é por isso. Despejei   na   garrafa,   enfiei   na   mochila,   coloquei   uma   camiseta   qualquer   que   estava   pendurada   no   varal,   enfiei   meu caderno   na   mochila,   tranquei   a   porta...   Não,   naquele   dia   eu   não   havia   trancado.   Há   dias   eu   não   tranco   a   porta   do apartamento. O   objetivo   naquela   manhã   fria   de   abril   era   apenas   um   só,   encontrar   Mirna   no   final   da   Pamplona   com   a   Estados  ...